quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Desabafando com Fantasmas. Parte 1.01

Uma breve explicação: Andei um tempo afastado do blog, então tenho bastante para contar. Desculpem pela demora fantasmas, prometo não abandoná-los de novo neste cemitério.

Lute


Velas rosas, esperança, perfumes,  aphrodisiaco, cânticos de amor e um pedido.
Uma invocação bem feita para o reino da fadas.
Observei a vela chorando e senti a cera queimando minha bochecha e solidificando em meu queixo
“Alguém que me ame, como eu me amo”
A fada franziu o cenho em sinal de confusão e desapareceu deixando apenas centelhas que incendiaram meu coração já destruído.
Mas não estava destruído, ainda.
Uma cascata de vela se formou em meu queixo.
Ofertei doces a fadas por tentarem me ajudar, elas ate tentaram me avisar, mas o cheiro do amor bloqueou minha visão, fazendo-me apenas sentir.
A fada moveu a boca, fazendo mímica para me dizer, mas não enxerguei.
“Você não se ama!” ela tentava me dizer, mas não escutava.
Acordei renovado e já não imaginava que meus desejos se tornariam reais.
Ser livre, curtir a vida e ser feliz.
Até que tudo o que eu havia sonhado se tornou realidade, mas aos poucos o sonho se tornou pesadelo, a liberdade se tornou vadiagem, a curtição, irresponsabilidade e eu já não suportava ser um “mundano” queria voltar a ter minha vida monótona de volta. Mas fugi de tudo que me fazia bem para continuar na loucura de uma aparente felicidade. 
Fui ao mar no solstício de primavera, tirei minha barba de cera, minha aparência estava péssima. Fiz minha barba de vela e a ofertei a espuma do mar para que lavasse meus pedido s e deixasse o verdadeiro Hélio. Não o gótico, não o tímido, queria ser apenas eu novamente.
E foi quando parei de sentir o perfume e vi o mundo horrível em que estava, as correntes em que estava amarrado, o inferno que estava vivendo! 
Perdido perguntei a uma concha na praia o que deveria fazer da minha vida! A concha se abriu e dentro estava uma mulher nua de longos cabelos, ela saiu da concha e me desamarrou.
Sentia a mulher atrás de mim, até que ela me abraçou, pegou em minhas mãos e colocou uma espada nelas, sussurrando em meus ouvidos, “lute”.

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